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domingo, 16 de janeiro de 2011

Kaká volta a ser titular e Real volta a troprçar

 O dia prometia ser de festa para o Real Madrid, mas passou longe disso. Titular pela primeira vez após sua cirurgia, Kaká teve seus lampejos, bateu cabeça com Özil e viu, já do banco, sua equipe sofrer. Com o empate por 1 a 1 com o Almería, o time de Madri corre o risco de ver o arquirrival Barcelona disparar na tabela.

 O Real agora tem 48 pontos, um a menos que o Barcelona, que entra em campo ainda neste domingo, contra o Málaga. A diferença pode chegar a quatro pontos, no campeonato em que a dupla de gigantes havia perdido apenas 12 dos 108 pontos disputados até o início desta rodada.
 O tropeço ainda força o Real Madrid a depender de outros resultados para ser campeão. Agora, além de vencer o Barcelona de Messi e companhia no returno, o time branco tem de torcer por pelo menos um empate dos catalães para ter alguma chance.

 Toda a matemática ofusca a volta de Kaká. O brasileiro vem sendo testado ao longo dos jogos desde que recuperou-se da lesão no joelho esquerdo que o deixou inativo no segundo semestre de 2010. Neste domingo, Mourinho viu no Almería, lanterna do Espanhol, a chance de dar mais ritmo de jogo ao meia.
 Só que o time que levou 8 a 0 do Barça quando recebeu os catalães em sua casa fez jogo duro. Com Kaká embolado com Özil no meio, o Real não foi criativo em praticamente nenhum momento do primeiro tempo. O único lampejo foi justamente do brasileiro, que, da esquerda, encontrou Cristiano Ronaldo livre na área. O português bateu de primeira, mas o goleiro Diego Alves, ex-Atlético-MG, fez grande defesa.
 O camisa 1 brasileiro, inclusive, se tornaria protagonista do jogo na etapa final. Quando o Real se lançou ao ataque, o goleiro cresceu, fez pelo menos duas ótimas intervenções e deu fôlego à sua equipe, que surpreendeu os favoritos. Aos 14 minutos, Piatti fez grande jogada pela esquerda e deixou a bola com Ulloa, que bateu firme no canto de Casillas e colocou o Almería à frente.
 A esta altura, Kaká, cansado, já via o jogo do banco. O Real passou a apostar em sua formação mais recorrente, com Di Maria e Cristiano Ronaldo pelas pontas, Özil como armador e Benzema de centroavante. E foi justamente o francês, que substituiu Kaká, que diminuiu o vexame madrilenho.
 Aos 31 minutos, Benzema recebeu de frente para o gol e, com categoria, rolou para Granero, que bateu de primeira e fez um belo gol. A comemoração pela reação não adiantou de nada. Com Cristiano Ronaldo pouco inspirado, nervoso e sempre discutindo com os rivais, o Real terminou o jogo na condição de secador do Barcelona. O último suspiro foi aos 48 minutos, quando o português acertou uma bomba no travessão de Diego, em cobrança de falta praticamente na risca da grande área.

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